Posto Havaí I - Tauá - CE

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Posto Havaí I - -55, R. José Simião do Nascimento, 1 - Luís Antonio de Souza, Tauá - CE, 63660-000, Brazil

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Único posto do Centro. [MODERADOR]
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Maria Conceicao on Google

Boa.
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Será mesmo que o amor sumiu das grandes cidades? Sim, existe amor em SP! E em Paris, Piracicaba, Minas Gerais, Madri, Cruz das Almas. O amor não deu no pé. O que eclipsa sua presença são as expectativas, as convenções sociais, a necessidade de uma bússola ou de uma tábua de salvação. O amor pode sobreviver ao mau humor matinal, à depilação por fazer, ao futebol de domingo, às cutucadas suspeitas no Facebook. Mas nenhum amor sobrevive ao peso da obrigação de ter que dar sentido à vida de alguém. Porém o destino é um menino travesso que teima em nos enviar um par justamente quando estamos ao avesso. Como ser par sem antes ter conseguido ser ímpar? Ignoramos esta pergunta. Quem precisa ser ímpar quando se pode ser par? Afinal o amor dá jeito nas coisas, não dá? Não foi isso o que nos ensinaram? Que o amor supera tudo?! E se o amor supera tudo, claro que vai nos desvirar do avesso, nos botar no prumo e nos fazer sentir conforto em nossa própria pele. É questão de tempo. O tempo! Ah, o tempo! Pobre rapaz… O tempo se zanga com a troça do destino e, para provar que nada tem a ver com isso, corta o mal pela raiz: provoca a ruptura. Daí por diante começa o desatino: lágrimas, injúrias, fúria, raiva, melancolia, sentimento de menos valia, solidão. De quem foi a culpa, afinal? Alguém precisa levar a culpa! Sobra para quem? Para o amor. É tudo culpa do amor! Esse monstro que por puro egoísmo fugiu das grandes cidades e deixou as metades das laranjas partidas desencontradas e perdidas. Coitado do amor! Ele tem implorado por atenção, mas ninguém o ouve. Quem consegue ouvir os apelos do amor estando anestesiado de medo? Amor, que amor? Estamos mais ocupados em saber se é por aqui que se vai para lá. Estamos mais preocupados em saber se seremos aceitos, bem sucedidos e bonitos na foto do que qualquer outra coisa. Não conseguimos nos amar, nos aceitar, nos admirar, nos respeitar. Como é que conseguiremos amar, aceitar, admirar e respeitar o outro? Se acaso precisamos que um amor ratifique que somos bons, capazes, especiais e únicos, ele simplesmente morre. O amor não tolera esse tipo de exigência. O amor não tolera expectativas desleais. Nada nem ninguém, nem mesmo o amor, o sentimento mais poderoso e cobiçado da face da terra, poderá nos oferecer identidade, segurança e conforto. E nosso desconforto anda tão grande, tão imenso, que para não olharmos para os nossos abismos dizemos que “não existe amor em SP” ou em parte alguma. Pior, dizemos que os amores se tornaram líquidos – como se algum dia ele tivesse sido outra coisa que não fluidez. Bobagem! Nós é que precisamos nos desfazer de certas bagagens inúteis e de um bocado de coragem para convidar um velho amigo para uma xícara de chá: o amor-próprio. O amor não fugiu das grandes cidades. Ele não foi a lugar algum. Ele continua onde sempre esteve. É que ele só visita quem convida seu irmão gêmeo para uma xícara de chá. Texto de: Mônica Montone
Is love really gone from the big cities? Yes, there is love in SP! And in Paris, Piracicaba, Minas Gerais, Madrid, Cruz das Almas. Love didn't go away. What eclipses its presence are expectations, social conventions, the need for a compass or a lifeline. Love can survive morning bad moods, unfinished waxing, Sunday football, suspicious nudges on Facebook. But no love survives the weight of the obligation of having to give meaning to someone's life. But fate is a naughty boy who insists on sending us a pair just when we're upside down. How to be even without having managed to be unique before? We ignore this question. Who needs to be unique when you can be even? After all, love works in things, doesn't it? Isn't that what they taught us? That love surpasses everything?! And if love trumps everything, of course it will turn us inside out, make us plumb and make us feel comfort in our own skin. It's a matter of time. The time! Ah, the time! Poor boy… Time gets angry at the mockery of fate and, to prove that it has nothing to do with it, it cuts evil in the bud: it causes rupture. From then on, madness begins: tears, injuries, fury, anger, melancholy, a feeling of worthlessness, loneliness. Whose fault was it anyway? Someone needs to take the blame! Left for who? To the love. It's all love's fault! This monster that out of sheer selfishness fled from the big cities and left the halves of the oranges broken and lost. Poor love! He has been begging for attention, but no one listens to him. Who can hear the calls of love while numb with fear? Love, what love? We're more occupied with figuring out if this is where you're going. We are more concerned about whether we will be accepted, successful and beautiful in the photo than anything else. We cannot love each other, accept each other, admire each other, respect each other. How will we manage to love, accept, admire and respect each other? If we ever need a love to ratify that we are good, capable, special and unique, it just dies. Love does not tolerate this kind of demand. Love does not tolerate unfair expectations. Nothing and no one, not even love, the most powerful and coveted feeling on the face of the earth, can offer us identity, security and comfort. And our discomfort is so great, so immense, that in order not to look at our abysses, we say that “there is no love in SP” or anywhere else. Worse, we say that loves became liquid – as if it had once been something other than fluidity. Nonsense! We are the ones who need to get rid of certain useless baggage and a lot of courage to invite an old friend for a cup of tea: self-love. Love did not flee from the big cities. He didn't go anywhere. He remains where he has always been. It's just that he only visits those who invite their twin brother for a cup of tea. Text by: Mônica Montone

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