ONG LGBT+ do Brasil - Carapicuíba - SP

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No Dia do Orgulho LGBTQIA+ conheça a história de Aline e Gabriela, que batalharam para realizar seu maior sonho como casal e hoje ajudam pessoas que também possuem o desejo de gestar.

Como tudo começou

Apesar de morarem próximas e exercerem a mesma profissão, não foi no trabalho, tampouco por colegas que essas duas educadoras físicas se conheceram e se apaixonaram. Aline Zampiere, de 34 anos e Gabriela Silveira, de 29, tiveram o primeiro contato no final de 2014 por meio de um aplicativo de relacionamento.

Menos de um ano depois, elas já estavam dividindo o mesmo lar. “Ia morar sozinha na época que a gente se conheceu, mas acabei machucando o pé e precisava de auxílio em casa, daí a Gabi já aproveitou a deixa e veio trazendo a mochila”, descreve Aline de forma bem-humorada.

Quatro anos depois do primeiro encontro, elas oficializaram a união em cartório e realizaram a cerimônia tão esperada em um sítio decorado com ajuda e presença dos familiares e amigos. Mas os planos não paravam por aí. Aline conta que desde que elas haviam se conhecido, comentavam sobre desejo mútuo de gestar. À medida que o relacionamento se fortalecia, crescia junto a vontade de ampliar a família.

Diante da certeza, em 2019, elas decidiram seguir em frente e iniciaram um tratamento simultâneo para concretizar o que se chama de gestação compartilhada, na qual o óvulo de uma delas, fecundado por um espermatozóide de um doador, seria introduzido no útero da outra. E aí que a nossa história realmente começa.

Casamento de Aline e Gabriela, em 2014. Foto: Arquivo pessoal.

A surpresa: mães em dose dupla

As primeiras quatro tentativas de implantação do embrião, gerado por meio de Fertilização In Vitro (FIV), aconteceu em Aline. Devido aos resultados negativos, elas decidiram inverter a ordem e Gabriela recebeu a transferência dos óvulos fecundados da parceira. Para a alegria das futuras mamães, a resposta veio rápida. “Foram dois anos de tratamento, então quando deu positivo, ficamos sem dormir, a gente só ria, foi muita felicidade, porque era uma gravidez super desejada” comenta Aline.

No entanto, a surpresa maior ainda estava por vir, e que era sonho virou uma dupla realidade. “O médico perguntou se queríamos um ou dois embriões. Como já tínhamos recebido alguns resultados negativos, eu falei para arriscarmos o máximo. Quando o resultado veio, nosso Beta estava alto e ao fazermos o ultrassom mostrou que lá tinham dois sacos gestacionais, dois embriãozinhos”, explica Gabriela.

Devido a frustração das tentativas anteriores, elas passaram a guardar segredo sobre a continuidade do tratamento. Com a gravidez confirmada, os familiares receberam a notícia com muita alegria, ainda mais porque Aline já era filha gêmea e sua família possuía um histórico de gestações deste tipo. Dessa forma, tanto tradição pode ser mantida, como elas teriam a garantia de contar com a experiência de quem entende, como esclareceu Gabriela.

Todo o apoio recebido e a presença ativa dos entes queridos foram importantes para o casal, principalmente em tempos difíceis como da pandemia de Covid-19, reforçam elas: “Durante a gravidez, não tivemos chá de bebê e tudo mais que queríamos, mas independente disso, as pessoas ao nosso redor sempre nos ajudaram”.

E foi assim que, após uma gestação de 38 semanas, Lívia e Gael, já sem tanto espaço na barriga da mamãe, vieram ao mundo esbanjando saúde e trazendo alegria. “O dia do nascimento foi o dia mais incrível. Foi uma felicidade imensa”, completa Gabriela.

Cuidado compartilhado

“É um amor que não se explica, mas enfim, como são dois, também dá trabalho”, comenta Aline. Por este motivo o casal divide todos os cuidados, inclusive o aleitamento materno, confirma Gabriela: “Aline fez um acompanhamento profissional e tomou medicação para produzir leite. Então, nós duas conseguimos amamentar desde o primeiro dia até o quinto mês, porque depois eles mesmos já não quiseram mais”.

Os últimos meses de gestação de Lívia e Gael, concebidos por meio da Fertilização In Vitro. Foto: Arquivo pessoal.

Para conseguir cuidar das crianças, Gabriela, que é autônoma, interrompeu seu trabalho como personal, já Aline, que era registrada, não teve direito a licença maternidade. Segundo ela, ganhou os 5 dias de afastamento que é comumente oferecido ao pai após o nascimento de um filho. Mesmo recorrendo com o argumento de que precisava amamentar, recebeu a resposta de que apenas a mãe que gestou teria direito a receber tal benefício.

Divididas entre as tarefas domésticas, o trabalho e o cuidado com os gêmeos, elas garantem que não é fácil dar conta de toda essa rotina, por isso neste momento, engravidar não faz parte dos planos do casal, ainda mais se tratando de um período pandêmico.

Apesar de toda a sobrecarga e os desafios de cuidar de duas crianças ao mesmo tempo, as mamães revelam que estão muito realizadas com tudo o que estão vivendo e só desejam curtir o presente. “Eles já preenchem tanto a gente”, conclui Aline. Por fim, elas não descartam a ideia de uma fertilização futura em Aline e preservam alguns embriões congelados, caso tomem essa decisão.

2mães2bebês: Um projeto que também nasceu desta gestação

Quando Lívia e Gael nasceram, suas mães resolveram criar uma página no instagram para mostrar o dia a dia dos gêmeos. O que elas não imaginavam é que essa iniciativa despretensiosa daria início a uma rede de apoio a casais que possuem o mesmo desejo de gestar e precisam recorrer a tratamentos especializados.

Por meio da conta intitulada de 2mães2bebês, elas começaram a acompanhar outras mães, trocar experiência e doar mensagens de amor para quem precisava de apoio. “Existem outras mulheres tentantes e com esperança que nos seguem e querem saber qual o caminho fizemos”, esclarece Gabriela.

Ela explica ainda que quando decidiram fazer o tratamento de fertilização, não sabiam como e onde procurar informações e que ter a chance de oferecer orientações básicas a outras pessoas com o mesmo sonho trouxe motivação extra para tocar esse projeto.

Aline comenta que não são apenas casais homoafetivos que procuram por conselhos e dicas. “Já tivemos diversos casos, como casal hétero, mulher tentando ter filho solo.”. Gabriela acrescenta: “Pessoas do Rio de Janeiro, Brasília, Minas já comunicaram-se com a gente para perguntar como fizemos, quanto gastamos, qual o tipo de tratamento, e a aí a gente tenta sempre dar esse suporte”.

Atualmente, a rede conta com quase mil seguidores, muitos deles beneficiados pelo acolhimento do casal. E essas mamães fazem questão de deixar uma mensagem para quem compartilha do mesmo sonho e precisa de um incentivo a mais.

“Quando você quer mesmo ser mãe, quando você quer ter essa missão, siga em frente e dê o máximo. Tente, não desista! Às vezes não consegue de primeira, o que não quer dizer que não vai dar certo”.

Conheça também a ONG Pais Afetivos, que ajuda pessoas que tenham seus direitos fundamentais violados por conta de preconceitos

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Tainá Pimenta on Google

É muito maravilhoso esse projeto?
This project is very wonderful?
A
Alessandra Keiko Aoki on Google

Trabalho maravilhoso com a comunidade LGBTQIAP+!
Wonderful work with the LGBTQIAP + community!
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Raphael América on Google

Estou amando a evolução e importância da ong no Brasil.
I am loving the evolution and importance of the NGO in Brazil.
G
Gabriela Bigo on Google

Eu super recomendo sim, atendimento aos que precisam de carinho e atenção !
Yes, I highly recommend, care for those who need affection and attention!
V
Valentin Petrovsky on Google

ONG maravilhosa! Sempre proporcionando inclusão, estratégias e inovação
Wonderful NGO! Always providing inclusion, strategies and innovation
C
Christofer Claro on Google

Orgulho em fazer parte desta ONG incrível!!
Proud to be part of this incredible NGO !!
A
Angela Paledzki on Google

Muito aquém das expectativas. Precisa se estruturar em diversos aspectos.
Way below expectations. It needs to be structured in several aspects.
H
Helena Schiavoni Sylvestre on Google

A ONG realiza um trabalho de extrema relevância e cuidado para o público LGBT+, oferecendo conteúdo informativo e esclarecedor ligado à comunidade, além de criar um espaço de acolhimento e empoderamento para pessoas LGBT+.
The NGO carries out work of extreme relevance and care for the LGBT + public, offering informative and enlightening content linked to the community, in addition to creating a welcoming and empowering space for LGBT + people.

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